Depois de cirurgia pioneira, menina que tinha paralisia cerebral realiza sonho de dançar

Sophie Nugent, 6, sempre quis dançar, mas os efeitos colaterais de uma paralisia cerebral impedia a menina de realizar o seu sonho. A doença foi diagnosticada quando ela tinha 18 meses e, durante os 5 primeiros anos de vida, a garota não pode andar. A historia mudou quando, no ano passado, Sophie sofreu uma cirurgia pioneira nos Estados Unidos. Quatro dias depois do complexo procedimento na coluna vertebral, a menina deu os primeiros passos e já ganhou uma bolsa de estudos para estudar jazz em um estúdio.

“Quando ela foi diagnosticada, cheguei a pensar que jamais a veria andar, muito menos dançar”, afirmou Debra, mãe da garota, ao jornal Daily Mail. A mulher ainda contou que o dia de comprar o primeiro collant de Sophie foi um dos momentos mais felizes de sua vida. “Eu nunca tinha visto ela sorrir com tanta vontade. Ela também não queria mais tirar a malha”, explicou.

Na época da descoberta da doença, os médicos disseram aos pais da menina que ela jamais andaria sozinha – somente com o apoio de andador ou em uma cadeira de rodas. Isso porque a paralisia teve como conseqüência um distúrbio que causa alteração na contração e relaxamento de músculos dos pés (espasticidade muscular). Resignados com o diagnóstico, os pais recuperaram a esperança de ver a filha andar depois de ouvir falar de um procedimento novo realizado no hospital infantil St Louis, localizado nos Estados Unidos. A cirurgia teria que ser complementada com sessões de fisioterapia por muitos anos.


O médico que operou Sophie, Dr.T S Park, é o único do mundo capaz de realizar a cirurgia – que ainda não está disponível na rede pública de saúde. Para pagar o procedimento, de 40 mil libras (cerca de R$ 104 mil), os pais da garota fizeram um empréstimo bancário. A comunidade onde a família vive também ajudou a levantar fundos. Segundo o Dr.T S Park, cerca de 2 mil crianças já passaram pela cirurgia. O especialista tem sido procurado por colegas do mundo inteiro para falar sobre sua técnica, que consiste em cortar os nervos para dar de novo a mobilidade correta à área afetada pela espasticidade muscular.

Debra explicou ao jornal britânico que teve apenas seis meses para levantar o dinheiro, já que o procedimento precisaria ser feito nas férias de verão. “Sophie acabou se tornando uma espécie de celebridade na região em que vivemos. Todos foram muito generosos conosco”, afirmou. A primeira coisa que a menina teria dito assim que soube da cirurgia foi: “Vou dançar”. E, de fato, conseguiu.

Fonte: Revista Crescer

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